São Paulo, sábado, 11 de novembro de 1995
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Clinton vetará lei sobre dívida

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O Congresso de maioria republicana aprovou e mandou ontem para o presidente norte-americano, Bill Clinton, uma proposta orçamentária que deverá ser vetada.
Ela inclui um aumento temporário do limite da dívida pública que o governo considera insuficiente.
Pela lei, o governo pode aumentar o teto da dívida de US$ 4,9 trilhões para US$ 4,967 trilhões com a emissão de títulos. Depois de 12 de dezembro, o limite cai para US$ 4,8 trilhões.
Na terça-feira, vencem US$ 25 bilhões em juros da dívida pública. Segundo o governo, aprovada esta lei, não haverá dinheiro para fazer o pagamento.
Clinton ameaçou com a paralisação parcial das atividades do Estado a partir da 0h da terça, com o corte do salário de 800 mil funcionários, caso o Congresso não tenha um projeto "aceitável".
O presidente, democrata, é contrário à proposta porque ela atrela o problema da dívida a cortes nos gastos sociais. Os republicanos querem um orçamento rigoroso, que acabe com o déficit público em sete anos.
Ontem, Clinton disse que a maioria tem sido "profundamente irresponsável" no caso.
O republicano John Kasich, presidente da Comissão de Orçamento, ofereceu-se ontem para negociar com Clinton, depois do pronunciamento do presidente. O mercado prevê um acordo no fim-de-semana.
Pesquisa da CNN, do "USA Today" e do instituto Gallup mostrou que 60% dos norte-americanos apóiam Clinton na questão.

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