São Paulo, sábado, 11 de novembro de 1995
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Loyola comete atos falhos

DA SUCURSAL DO RIO

O presidente do BC (Banco Central), Gustavo Loyola, cometeu dois atos falhos quando afirmava que o sistema bancário brasileiro é um dos mais fortes do mundo.
O primeiro foi ao fazer uma analogia com a fábula "A Cigarra e a Formiga".
Ele disse que a maioria dos bancos brasileiros agiu como a cigarra durante os tempos de inflação alta, que teriam servido para os bancos conseguirem provisão para os tempos difíceis da inflação baixa.
Na fábula, a cigarra canta no verão, enquanto a formiga trabalha. Quando chega o inverno, ela passa fome, enquanto a formiga está abrigada e alimentada.
"A maioria dos bancos seguiu muito mais a cigarra do que a formiga, aproveitando-se dos tempos bons para fazer reserva. Se houver alguma formiga, vai sofrer com isso", disse o presidente do Banco Central.
Depois de rir, constrangido, ao ter sido alertado de seu erro, Loyola prosseguiu dizendo que os bancos brasileiros têm muitas reservas e tiveram a chance de serem fortes.
Neste momento, cometeu seu segundo ato falho: "Os que não forem fortes, claro, vão sofrer, mas eles são a mai...minoria", disse o presidente do BC.

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