São Paulo, domingo, 12 de novembro de 1995 |
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Cabeça era o troféu desejado
AURELIANO BIANCARELLI
A cabeça exposta do líder dos Palmares era o troféu mais cobiçado por todos os governadores que passaram por aquela capitania no último quarto do século 17. O próprio Castro -em carta de 14 de março de 1696- relata ao rei como Zumbi "pelejou desesperadamente" até ser morto. Melo e Castro foi também o responsável pela destruição de Palmares, no início de 1694. Em carta ao rei, ele compara a "restauração de Palmares" à expulsão dos holandeses. Recife festejou com "seis dias de luminárias". As duas cartas do governador, entre outras, estão no Arquivo Histórico Ultramarino de Lisboa. A resistência, no entanto, continuou por décadas. Em carta de 3 de março de 1741 -encontrada na Torre do Tombo-, o rei determina caça cruel aos negros que fugiam para os quilombos. Os capturados deveriam ser marcados a ferro com a letra "F" e teriam uma das orelhas cortada. (AB) Texto Anterior: Local da morte ainda é incerto Próximo Texto: Documentos estão à espera de brasileiros Índice |
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