São Paulo, domingo, 12 de novembro de 1995
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Participação em "Hugo" não chega a ser emocionante

PAULA MEDEIROS DE OLIVEIRA
DA FOLHINHA

Habilidade e destreza com o "joystick" nunca foram meu forte. Mesmo assim, participei de "Hugo". O programa, que estreou na CNT/Gazeta em 30 de outubro, é um game produzido pela Richers Entretenimento.
Minha missão era ajudar Hugo -duende que teve a família sequestrada por uma bruxa e precisa encontrar o esconderijo da vilã para resgatar mulher e filhos.
Durante a tarde, acertei com a produção do programa o número do telefone que seria "transformado", por um computador, em "joystick".
A produção liga para a casa do participante, faz um teste e descobre se o telefone e o computador do programa se darão bem. Cerca de 15 minutos antes de o programa ir ao ar, a produção ligou novamente dando dicas, como não deixar o som da TV muito alto, para evitar microfonia. Depois desses pequenos acertos, fiquei pendurada na linha esperando minha vez.
Antes de o jogo começar, que tive receio de não conseguir dominar tanta tecnologia. Bobagem. Qualquer criança faz. Entre três jogadores, minha pontuação foi a pior. Camila Gottardo, 8, salvou Hugo e foi a campeã. E levou como prêmio um CD player.
O apresentador falou comigo pelo telefone e deu instruções de como jogar. No canto direito da tela aparece um mapa. Os números três e seis do telefone levam Hugo para a esquerda e para a direita.
Quando o jogo começa, o apresentador diz quando e qual tecla apertar e determina o caminho a seguir. Não é muito emocionante.
Para salvar a família, Hugo andou em trilhos tentando escapar de trens. Apesar do teste, a seta da esquerda se recusou a obedecer ao comando da tecla três.
Como consequência dessa rebeldia, não consegui uma saída estratégica e fui triturada por uma locomotiva. Perdi.
É horrível a sensação de não poder tentar uma vez mais. Para piorar, na tela da TV aparece a cara do duende dizendo: "não tem chororô, esse jogo acabou".

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