São Paulo, terça-feira, 14 de novembro de 1995
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País quer ampliar leque de fornecedores

ESPECIAL PARA A FOLHA

A decisão do Japão de abrir o seu mercado de alimentos parece irreversível.
A agricultura e até mesmo a indústria de processamento de alimentos perderam competitividade, enquanto a população pressiona por melhores preços.
O Japão também se preocupa com a dependência muito grande de importações dos EUA e admite que a China (segundo fornecedor) será cada vez menos confiável.
Outras fontes de fornecimento -especialmente o Mercosul- despertam o interesse do Japão.
A nova política quer desconcentrar os canais de importação, hoje nas mãos de um pequeno número de grandes tradings.
O modelo tradicional de distribuição, que envolve quatro etapas (trading, atacado, varejo e consumidor), também está mudando.
Com o crescimento do consumo de produtos prontos e da comida fora-de-casa, tem diminuído muito o número de intermediários.
Supermercados, lojas de conveniência, cadeias de restaurantes e empresas de refeições industriais já estão buscando importação direta com o fornecedor estrangeiro.
A estrutura de varejo no Japão abrange seis tipos de canais: loja de departamentos, supermercados, lojas de conveniência, lojas de descontos, venda pelo Correio e loja individual.
As grandes lojas de departamentos já foram o canal mais importante de distribuição de alimentos, bem como as pequenas lojas individuais (nossas antigas mercearias). Hoje estão em decadência.
Nas cadeias de supermercados há duas tendências: cadeias extremamente modernas, que apresentam grande crescimento, e outras que decrescem, ameaçadas pelas lojas de conveniência e lojas de desconto.
O maior crescimento é o das lojas de conveniência, através de franquias, bem localizadas e com estoque reduzido, mas de produtos de alta demanda. A maior (Seven Eleven) tem 30 mil pontos de venda no país e a Lawson, 5.000.
Crescem também as lojas de descontos, varejões ou sacolões, além das vendas pelo correio.

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