São Paulo, sábado, 18 de novembro de 1995
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CUT fecha acordo com setor de máquinas; GM aceita proposta

ARTHUR PEREIRA FILHO e CRISTIANE PERINI LUCCHESI

ARTHUR PEREIRA FILHO; CRISTIANE PERINI LUCCHESI; MARCELO MOREIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Os metalúrgicos da CUT no Estado de São Paulo fecharam ontem proposta com o grupo 19-3 da Fiesp (máquinas e eletroeletrônicos) que será levada para aprovação em assembléia no domingo.
Na General Motors, em São Caetano, base da Força Sindical, os trabalhadores aceitaram proposta feita ontem pelas montadoras. Já a CUT recusou a proposta.
"Sem avanço na negociação, faremos greve nas montadoras no dia 20", disse Heiguiberto Navarro, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABCD (CUT).
O grupo 19-3 não aceitou mudar a data-base dos metalúrgicos da CUT de abril para novembro. Concordou em dar antecipação de 5% em novembro, 3% em janeiro e 1,33% em fevereiro, o que soma um pouco mais do que os 9,57% reivindicados pela CUT para repor as perdas até novembro.
"Vamos propor a aceitação da proposta e batalhar por aumento real e redução da jornada de trabalho na data-base, em abril", disse Paulo Sérgio, presidente da Federação dos Metalúrgicos da CUT.
Já as montadoras propuseram reajuste de 6,19% -a inflação (INPC) entre julho e outubro- em duas parcelas: 4% em novembro e 2,11% em janeiro.
Antonio Cursino de Alcântara, coordenador da equipe de negociação da Anfavea (representa as montadoras) e gerente de relações sindicais da GM, diz que a proposta não prevê aumento real.
"Os trabalhadores já tiveram aumento real de 8,3% em abril."
A Anfavea ofereceu opção de reajuste em uma parcela, em novembro, de 5%. Mas a assembléia na GM aprovou 6,19% parcelados.
Os índices valem para quem ganha até R$ 2.000. Para salários maiores, será pago valor fixo.
Haverá flexibilização e corte na jornada semanal de trabalho, de 44 horas para 42 horas, em janeiro. A jornada vai variar de 48 a 36 horas, de acordo com a produção.
Segundo o presidente do sindicato em São Caetano (Força Sindical), Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, foi o acordo possível.

Colaborou MARCELO MOREIRA, da Agência Folha, no ABCD

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