São Paulo, sábado, 18 de novembro de 1995 |
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Diolinda e Deise
NELSON DE SÁ
Deise Alves, jovem e com a mesma beleza, com a mesma delicadeza rústica dos traços de Diolinda Alves, surgiu com um chapéu de palha para ameaçar com novas invasões, agora no Vale do Paraíba. Segundo a Bandeirantes, "ela já comandou outras dez ocupações e responde a quatro processos na Justiça". Mas a exemplo de Diolinda, que tem currículo semelhante, Deise aparenta serenidade. Ela lidera um cadastramento de todos os desempregados da região, para formar um novo exército de invasores de terras. Mas ela explica, muito calma, com argumentos serenos: - O levantamento aponta as famílias com vínculo com a agricultura e que têm ainda o desejo e a necessidade concreta de voltar para o campo. No campo, ao que parece, as mulheres já tomaram o poder. E agridem com delicadeza. Audiência Nas duas últimas semanas da novela das oito, não havia um instante na programação da Globo que não martelasse o bordão "quem é o assassino". A estratégia chegou aos telejornais, ao Fantástico, ao Hoje, ao Jornal Nacional. Entre um sequestro e uma reunião ministerial, Cid Moreira tirava um sorriso e fazia a pergunta, "quem é o assassino". A novela acabou, a estratégia não. Ontem foi a vez do Globo Repórter, que depois da novela das oito, ligada à informática, mostrou "como a informática está invadindo o dia-a-dia das pessoas", hoje. Achou "a dona-de-casa que voltou à escola para aprender computação". Achou também "o casal que namorou durante meses pelo computador, sem nunca ter se visto". Uma verdadeira novela. Tecnologia Nem todos abraçam com afoiteza a tecnologia. Na CBN, o presidente do sindicato dos cobradores ameaçou greve, contra a catraca eletrônica. Nós não somos contra a tecnologia. Nós somos contra o desemprego. O âncora irritou-se. Quer porque quer a tecnologia. Texto Anterior: Kolynos pede julgamento Próximo Texto: MST promete cumprir acordo com Covas Índice |
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