São Paulo, sábado, 18 de novembro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Indefinição sobre convênio continua

ROGERIO WASSERMANN
DA REPORTAGEM LOCAL

O governador Mário Covas pode sofrer uma nova interpelação judicial por não ter se manifestado sobre o convênio que permitiu à prefeitura implantar o programa antipoluição em São Paulo.
O advogado Antonio Fernando Pinheiro Pedro, presidente da Comissão de Meio Ambiente da OAB, diz que vai entrar com novo pedido de interpelação. O deputado Roberto Gouveia (PT) havia interpelado o governador há um mês, mas não recebeu resposta.
Covas assinou relatório da Cetesb que apontava a ilegalidade do convênio. "É uma imoralidade grave. O governador mantém um convênio que ele mesmo reconhece ser ilegal. Cabe uma ação de impeachment", disse Pedro.
O rompimento do convênio inviabilizaria o programa da prefeitura. A OAS, empresa que controla a Vega-Sopave, foi a empresa que mais contribuiu com a campanha de Covas ao governo.
Segundo o deputado Walter Feldman, líder do governo na Assembléia, a revisão do convênio está sendo estudada, mas deve passar pela avaliação do sistema de inspeção descentralizado.
O Simpi (Sindicato da Micro e Pequena Indústria) propôs à Secretaria do Meio Ambiente o sistema Polutran, com a instalação de equipamentos de medição de poluentes em 4.000 pontos.
Uma comissão formada para estudar o sistema encerrou os trabalhos sem chegar a uma conclusão, por falhas no funcionamento do equipamento apresentado.
Segundo o coordenador da comissão, Marcelo Sodré, os fabricantes do equipamento reconheceram a falha e disseram que vão apresentar um novo equipamento à secretaria.
(RW)

Texto Anterior: Ações judiciais questionam licitação
Próximo Texto: Nova York altera programa
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.