São Paulo, sábado, 18 de novembro de 1995
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Pólo tem pai e filho na seleção

ANDRÉ FONTENELLE
DA REPORTAGEM LOCAL

Em um caso possivelmente inédito no mundo, pai e filho foram convocados para a seleção brasileira de pólo aquático que está disputando amistosos contra Cuba e Argentina, no Rio.
Ricardo Rocha Perrone, 18, e Ricardo Luiz Perrone, 45, jogam como alas (posição similar à do basquete) no Botafogo-RJ.
Os dois estavam escalados para atuar no início da noite de ontem, no complexo construído na praia de Copacabana para o Mundial de piscina curta.
O Perrone filho, estudante de Engenharia, é conhecido como Kiko. Faz parte da seleção que vai disputar o Pré-Olímpico em fevereiro, na Alemanha.
O Perrone pai, engenheiro na Eletrobrás, é chamado de Perrone. Volta à seleção pela primeira vez desde 1979 e foi convocado só para os amistosos. Não tem chance de ir ao Pré-Olímpico. "Jamais disputaria vaga com o pessoal mais novo".
Paulo Rogério Rocha, um dos três técnicos da seleção, garante que não se trata de uma "homenagem": "Ele tem mérito para estar entre os convocados".
O técnico, 36, é mais jovem que Perrone. "Fui calouro dele no (clube) Guanabara", lembra.
Os amistosos fazem parte da preparação para o Pré-Olímpico, onde 16 equipes vão disputar 6 vagas para os Jogos de Atlanta.
Kiko Perrone sonha em disputar a Olimpíada: "Já estamos treinando há três meses."
O pai não teve a mesma sorte. "Em Munique-72, nos classificamos, mas, na última hora, houve uma 'cartolada' e foram dez dirigentes no nosso lugar. Foi uma grande frustração".
Como parte dessa preparação, a seleção enfrenta a Hungria, campeã da Copa do Mundo, em dezembro, no Festival Olímpico.

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