São Paulo, sábado, 18 de novembro de 1995
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Suspeito de complô era espião da polícia, diz TV

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A TV Israel disse ontem que Avishai Raviv, líder do grupo extremista Eyal (Organização Judaica Nacional) e suspeito de liderar complô contra Yitzhak Rabin, era na verdade um infiltrado do Shin Bet (serviço de segurança, equivalente à Polícia Federal no Brasil).
A TV israelense disse que seu código na organização era "champanhe". Ele foi posto em liberdade anteontem.
Segundo a mesma reportagem da TV, Hagai Amir, irmão do assassino confesso Yigal, e a colona judia Margalit Harshefi sabiam dos planos de matar Rabin.
Um juiz israelense negou ontem pedido de liberdade para Margalit Harshefi, acusada de ser a pessoa-chave no complô formado para matar o primeiro-ministro de Israel Yitzhak Rabin.
O advogado de Harshefi, Yair Golan, pediu ao juiz Dror Pilpel para que sua cliente ficasse em prisão domiciliar ou que sua permanência na cadeia fosse reduzida em dois ou três dias.
Harshefi foi presa na quarta e deve ficar 11 dias sob custódia.
Pilpel rechaçou o pedido após revisar um arquivo policial secreto. "O material diz que ela pode ser uma ameaça à segurança nacional", disse o investigador policial Zion Sasson no tribunal.
Segundo Dov, o pai de Harshefi, a colona era muito amiga de Yigal Amir, 25, assassino confesso de Rabin. Os dois cursavam direito na Universidade Bar-Ilan, em Tel Aviv. Sete pessoas estão presas, incluindo Hagai Amir, irmão de Yigal, sob suspeita de tramar contra a vida de Rabin.
O assassinato trouxe incertezas para o futuro do acordo de paz no Oriente Médio. O premiê interino de Israel, Shimon Peres, afirmou dar continuidade ao processo.
Pesquisa de opinião pública divulgada ontem pelo jornal israelense "Maariv" mostra que, caso a eleição para premiê no país fosse agora, o Partido Trabalhista, de Peres, derrotaria o Likud, do líder direitista Binyamin Netanyahu.

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