São Paulo, domingo, 19 de novembro de 1995
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Causa e consequência; Dos arquivos; Intrigas palacianas; Longe dos olhos; Com lupa; No fim das contas...; Independência de Poderes; À mesa; Clima inóspito; Média

DOS ARQUIVOS

Causa e consequência
A idéia de a PF grampear o telefone do embaixador Júlio César partiu de dentro do Planalto, de pessoas próximas a FHC. As suspeitas vieram por ele supostamente ter insistido em marcar audiências de terceiros com o presidente.

Bastou Júlio César cair em desgraça que afloraram os relatos de suas brigas com membros da equipe. Atribuem-lhe a idéia de levar o então ministro FHC para distribuir cestas básicas no Nordeste em 94, denunciada como uso da máquina.

Intrigas palacianas
O escândalo da escuta telefônica pode dividir ainda mais a equipe de FHC. Aumentou o estranhamento entre antigos auxiliares, que o acompanham desde o Senado, e novos colaboradores que se integraram desde o Itamaraty.

Longe dos olhos
Pegou mal entre políticos a sustentação da indicação do embaixador Júlio César para o posto no México apesar do escândalo. Parece que o Planalto quis empurrar o problema para debaixo do tapete, enviando o diplomata para longe.

Com lupa
O arrocho do BC nos bancos começou antes mesmo de ser editada a MP, na sexta. Ao longo da semana, instituições financeiras receberam fiscais com uma disposição maior do que a de costume, pedindo até o IR de controladores.

No fim das contas...
Não pegou bem entre ministros do Supremo a ida de Malan ao tribunal, na sexta, para apresentar a defesa do governo no caso da MP dos bancos. Foi considerado inábil: pareceu pressão do Executivo. Mesmo assim, ele deve ganhar.

Independência de Poderes
Apesar das ações delicadas que tem no STF, a área econômica deve comprar uma briga com o tribunal: estima que um projeto do Supremo que aumenta gratificações fará a folha de pagamento do Judiciário crescer R$ 1 bi em 96.

À mesa
Na quarta, haverá café da manhã dos líderes governistas com diretores do BC. À noite, na casa de Germano Rigotto, jantar de deputados com Malan. A questão dos bancos vai dominar a agenda.

Clima inóspito
A equipe de Serra no Planejamento está ficando desfalcada. Além da iminente saída de Andrea Calabi para a Casa Civil, o assessor especial Fábio Giambiagi voltou para o Rio, para o BNDES. Não se adaptou a Brasília.

Média
FHC vai a Minas no fim do mês. Terá encontro com a mesma associação de donas de casa com a qual esteve na campanha. Agrada os mineiros, uma vez que já foi várias vezes a São Paulo e Rio.

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