São Paulo, domingo, 19 de novembro de 1995
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Para médica, o amor é afrodisíaco

DA REPORTAGEM LOCAL

Na opinião da médica psiquiatra e sexóloga Arletty Pinel, 39, "o amor e a intimidade ainda são os melhores afrodisíacos".
Ela diz que as substâncias tidas popularmente como afrodisíacas, como o ovo de codorna, têm mais um efeito psicológico positivo sobre as pessoas.
"Essas substâncias não têm nada que aumente o desejo sexual. Mas, se a pessoa quer uma solução rápida para o problema e acha que aquele alimento ou produto realmente vai resolver, é possível que o desejo melhore, pelo efeito psicológico", diz a médica.
Arletty afirma que é importante diferenciar os afrodisíacos populares de outras substâncias, "que agem no cérebro e podem ter como efeito colateral o aumento do desejo sexual".
Segundo a psiquiatra, o uso dessas substâncias não é aconselhável porque pode trazer outros efeitos colaterais danosos.
Ela citou, como exemplo, a testosterona, o hormônio masculino. "Quando uma pessoa usa testosterona, no início tem um aumento no desejo sexual. Mas, quando esse uso é prolongado, o testículo atrofia. O corpo não produz mais o hormônio porque está recebendo de fora. Quando a pessoa pára de tomar o remédio, apresenta uma lesão de testículo e precisa, por necessidade, tomar o hormônio porque o corpo não produz."
Arletty afirma que a principal queixa nos consultórios dos sexólogos é a falta ou a diminuição do desejo sexual.
"A maioria dessas pessoas não tem nenhum problema biológico. Estresse e preocupações são as causas mais comuns. A maioria procura remédios fáceis. Mas não é uma simples pílula que vai corrigir. Às vezes a pessoa precisa de ajuda profissional, outras vezes não."

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