São Paulo, domingo, 19 de novembro de 1995
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Técnico pede paciência à seleção contra Cuba

DA REPORTAGEM LOCAL

Um time paciente é o que deseja o técnico da seleção brasileira masculina de vôlei, José Roberto Guimarães, para o jogo de amanhã, às 7h (horário de Brasília), contra Cuba. Será a terceira partida do Brasil na Copa do Mundo, no Japão.
Na manhã de hoje, no horário brasileiro, a equipe nacional enfrentaria a Coréia do Sul.
Para a partida de amanhã, Zé Roberto teme que as provocações dos cubanos possam desestabilizar os jogadores brasileiros.
"Será um jogo de guerra", avalia o técnico. Segundo ele, não há favoritos para a partida.
"Eles nos conhecem e nós também os conhecemos. O ataque de Cuba é um dos mais fortes e nós vamos ter que segurá-los para ganharmos", explicou.
O atacante Carlão disse que o Brasil deve procurar, principalmente, manter a calma.
"Não podemos nos irritar com as provocações. Temos que forçar bem o nosso saque para dificultarmos o passe deles", declarou.
Zé Roberto e o médico da seleção, Sérgio Cortes, resolveram, na sexta-feira, afastar o atacante Marcelo Negrão dos primeiros jogos da Copa.
Um exame detectou a ruptura do músculo adutor da perna esquerda do jogador.
O atacante Pinha ou seu colega de posição Gílson deve substituir o jogador amanhã. "Mesmo sem Negrão, acredito que a seleção possa enfrentar Cuba de igual para igual", disse o treinador.
Os cubanos desclassificaram o Brasil na Liga Mundial e no Mundial de 94. Segundo os brasileiros, as derrotas foram decorrência das provocações dos cubanos.
Os três primeiros classificados da Copa garantem vaga na Olimpíada de Atlanta.
Para assegurar o lugar nos Jogos, a seleção brasileira precisará, ao menos, repetir sua atuação na Copa de 81, também no Japão, quando conquistou a medalha de bronze (terceiro lugar).
O Brasil, campeão olímpico nos Jogos de Barcelona-92, disputa o campeonato japonês sob protesto. Os brasileiros entendem que, como atuais detentores do título olímpico, deveriam ter vaga em Atlanta garantida.

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