São Paulo, domingo, 19 de novembro de 1995 |
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Governo de SP experimenta locação social
RODRIGO AMARAL
A locação social é a utilização de mecanismos que reduzem o preço do aluguel para as populações de baixa renda. Pode ser viabilizada pelo governo, como propõe o projeto do CDHU, ou por meio de incentivos para a iniciativa privada, como defendem empresários do mercado imobiliário. O projeto do CDHU envolve a construção de 170 casas para o reassentamento de famílias que vivem em áreas afetadas pelo projeto de saneamento ambiental da bacia do rio Guarapiranga, na zona sul de São Paulo. Ao invés de subsidiar a compra dessas casas, como normalmente faz, o CDHU vai cobrar aluguel (também subsidiado) pelo seu uso. "O imóvel continuará pertencendo ao Estado, e o valor do aluguel será inferior ao da prestação da casa própria", explica a arquiteta Cecília Parlato, gerente de programação do CDHU. Em dezembro será aberta a concorrência pública para a construção das casas, projetadas pelo arquiteto Siegbert Zanettini. As casas terão de 25 m² a 60 m². O valor que será cobrado pelo aluguel ainda não foi definido. Posteriormente, o CDHU pretende expandir a locação social para cortiços que deverão ser restaurados no centro da cidade. Para o presidente da Aabic (Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios), José Roberto Graiche, a locação social deve ser desenvolvida pela iniciativa privada. Ele acha que o governo deve apenas criar incentivos fiscais para a construção de habitações para a locação social, como isentar do Imposto de Renda os aluguéis recebidos no primeiro ano de vigência do contrato. A locação social é uma tradição em países como a França, onde existe desde o começo do século. (RAm) Texto Anterior: Maioria dos contratos é firmada diretamente Índice |
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