São Paulo, domingo, 19 de novembro de 1995
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quinteto irreverente

SÉRGIO DÁVILA; ARMANDO ANTENORE

Eles ofuscavam o elenco jovem?
Diogo: Não, mas é uma coisa do Ney... Eu amo o Nanini e o Ney até hoje, eles me adoram, tenho certeza. Mas existia uma coisa meio da televisão, de ir lá e ter de dar conta de 38 personagens, fazer o sotaque árabe e a travesti muitíssimo bem. Todo mundo tinha de dar o dó-de-peito.
Por falar em dó-de-peito, essa reunião é um pouco o "dream team" da nova comédia brasileira. Não fica aquele clima dos Três Tenores In Concert?
Fernanda: Lembra um pouco, aquela coisa Carreras, Pavarotti, né?
Débora: Eu sou a Maria Callas, tá?
Miguel Magno: Não sei de quem é a frase, mas é como se fosse um Free Jazz do teatro.
Diogo: Fico lisonjeado, mas não sei se a comparação é procedente.
Débora: Voltando à competição, acho que é mais responsabilidade. Porque eles são meus amigos, eu tenho respeito artístico e os considero muito bons. A responsabilidade é estar no mesmo nível. Mas já estamos em um momento da vida em que não queremos mais ser o outro.
Fernanda: Estamos resolvidos. A competição ruim vem quando você acha que vai ficar no caminho, que os outros vão andar e você não. Nessa peça, a coisa é mais no clima do Carrera, do Pavarotti, tem essa leveza de não ser o dó-de-peito artístico, de tentar massacrar todo mundo.
Nos bastidores da TV, muita gente acha que vocês formam panelinha.
Fernanda: É mesmo, gente? Na TV?
Débora: (irônica) Foi o Gerald Thomas que falou isso, fala a verdade.
Fernanda: Não é verdade, não vai falar mal do Gerald! (risos)

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