São Paulo, segunda-feira, 20 de novembro de 1995
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PF usou artifício para apurar caso

WILLIAM FRANÇA; DENISE MADUEÑO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A denúncia de que o embaixador Júlio César Gomes dos Santos teria ligações com o narcotráfico foi apenas uma justificativa usada pela PF (Polícia Federal) para que a Justiça autorizasse a quebra do sigilo telefônico. O que se queria era provar tráfico de influência.
Como ainda não há lei que regulamente a escuta telefônica, a PF teve de usar o argumento do narcotráfico para conseguir que o juiz Irineu de Oliveira Filho, da 2ª Vara de Entorpecentes do Distrito Federal, autorizasse o "grampo".
A comprovação de que a escuta tinha outro objetivo está no "Relatório Final do Monitoramento do Terminal 061-248-0610 (telefone do embaixador)", da PF.
O texto afirma que o monitoramento de 13 chamadas "confirmam as suspeitas, que deram origem a esse serviço, de que Júlio César realiza 'tráfico de influências', usando de seu prestígio e cargo no governo... para conseguir favores para empresários".
(WF e DM)

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