São Paulo, segunda-feira, 20 de novembro de 1995
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Ouvidor é ligado à Igreja Católica

DA REPORTAGEM LOCAL

O ouvidor Benedito Domingos Mariano, 36, tem uma trajetória profissional de militância em entidades de direitos humanos.
Sociólogo e cientista político, ele se licenciou na semana passada da secretaria-geral do Centro Santo Dias de Direitos Humanos, entidade da Arquidiocese de São Paulo, que dirigia desde 1982.
Mariano é casado e tem dois filhos. Nas horas de folga, gosta de jogar bilhar. O ouvidor não sabe manusear arma de fogo. "Nunca peguei num revólver e não vou pegar", diz.
Em 1975, Mariano foi um dos fundadores do Grupo Semente, de teatro amador.
O texto favorito para encenações era "Alma Seca", de sua autoria, que conta a história de uma família de migrantes que vem para São Paulo.
Fundou, em 1980, o Centro de Defesa de Direitos Humanos de Osasco, o segundo do gênero no Brasil.
Em 1983, junto com Leonardo Boff, organizou o Movimento Nacional de Direitos Humanos, que reúne hoje cerca de 300 entidades.
Ligado à Igreja Católica, considera o cardeal-arcebispo de São Paulo, d. Paulo Evaristo Arns, "o ombudsman do Brasil".
"Se não fosse a atuação dele no tempo da ditadura, muita gente talvez não estivesse aí, fazendo política", afirma.

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