São Paulo, terça-feira, 21 de novembro de 1995 |
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Malan afasta crise no sistema financeiro
CARLOS ALBERTO DE SOUZA
Ele previu, no entanto, que o processo de reestruturação do setor continuará "nos próximos meses e anos". Segundo o ministro, o governo, que está estimulando a fusão de bancos, pretende "fortalecer" o sistema financeiro. Malan disse que os bancos têm de se adequar a uma realidade que já impera nos Estados Unidos e na Europa, relacionada com economia de escala, desenvolvimento na área de informática, eficiência e competitividade. O ministro participou de um seminário do governo estadual sobre concessões e parcerias e fez uma palestra na Federasul (Federação das Associações Comerciais do Rio Grande do Sul), onde concedeu entrevista. Ele disse que as medidas tomadas pelo governo recentemente pretendem assegurar o grau de insolvência das instituições financeiras e proteger os interesses dos depositantes, com o seguro do depósito até R$ 20 mil. Malan disse que não há garantia de que o governo vai recuperar os ativos do banco Nacional pelo valor de face (expresso). "Só vamos saber na prática à medida que formos nos desfazendo dos ativos de difícil liquidação que ficaram para ser equacionados pelo Banco Central", disse Malan, em entrevista coletiva. Ele disse que os ativos do Nacional, que ficaram com o BC, serão liquidados ao longo dos próximos anos. O ministro declarou que o governo vai "se ressarcir" do passivo do Nacional para com o BC. Ele não falou sobre valores. O ministro também disse que não dispunha do valor do financiamento do BC ao Unibanco para a incorporação do Nacional. Tampouco o ministro soube responder se a família Magalhães Pinto já recebeu pagamento pela transferência do Nacional, que controlava. "Não sei", disse Malan. Ele disse que não está havendo "ajuda ou socorro" a bancos. "Não vai ter fusão e incorporação ocorrendo a cada dia, a cada momento", disse Malan. Texto Anterior: Unibanco terá novo anúncio na TV Próximo Texto: Proer não é privilégio, diz Schulman Índice |
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