São Paulo, terça-feira, 21 de novembro de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Proer não é privilégio, diz Schulman
RODNEY VERGILI
Para ele, o Proer não é um estímulo para fusões e aquisições, pois a instituição vendida tem de "morrer" e seus dirigentes e controladores têm de ficar com seus bens indisponíveis. A liquidez está ruim, afirma. A seguir, os principais trechos de entrevista à Folha. Folha - O senhor concorda que o Proer é um privilégio concedido pelo governo aos bancos? Maurício Schulman - Mas como? O banco vendido, para ter a vantagem fiscal e financeira, tem de ter os seus controladores e administradores punidos. Os depositantes continuam com sua vida econômica assegurada. Folha - O juro de 2% ao ano como incentivo aos financiamentos a fusões não seria baixo, tornando-se um privilégio? Schulman - Mas o dinheiro é da instituição. É dinheiro que o banco deposita como compulsório no Banco Central. É um dinheiro que está dando lucro para o Banco Central. A liquidez do sistema está ruim (falta dinheiro na praça) e a Febraban reivindica que haja a dedutibilidade da totalidade da provisão de devedores duvidosos. A provisão é para garantir o banco contra clientes que não pagam empréstimos e seria dedutível na totalidade como despesa, reduzindo o lucro e o imposto a pagar. Folha - O ciclo de fusões e aquisições dos grandes bancos se encerrou com a compra do Nacional pelo Unibanco e do BFB pelo Itaú? Schulman - Os bancos no Brasil são muito heterogêneos: bancos de rede, especialistas, estrangeiros. Não acredito que haja fusões de forma generalizada. Folha - A Febraban foi consultada sobre o Proer? Schulman - Não, não foi consultada e nem comunicada. Texto Anterior: Malan afasta crise no sistema financeiro Próximo Texto: Rural pode comprar Mercantil Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |