São Paulo, quarta-feira, 22 de novembro de 1995 |
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BNDES poderá financiar o Banespa
CARLOS ALBERTO SARDENBERG
As bases do acordo estão em documento preliminar que estabelece que a privatização do Banespa "não é condição precedente para a implementação do acordo". A idéia agora é assinar um acordo geral, com as partes, os governos paulista e o federal, se comprometendo a resolver detalhes conforme determinados critérios. No essencial, trata-se de encaminhar a solução para o problema central, a dívida que o governo paulista tem com o Banespa, que já chega aos R$ 14 bilhões. O governo federal emprestará metade desse dinheiro ao governo paulista, que o repassará ao Banespa. A garantia desse empréstimo serão as ações do Banespa de propriedade do governo paulista. Ou seja, se o governo paulista não pagar o novo empréstimo, pode perder o banco. A outra metade dos R$ 14 bilhões será paga pelo governo paulista, que entregará bens ao Banespa. Podem ser imóveis, aeroportos, ferrovias, rodovias e ações de estatais. O problema é como transformar esses bens em dinheiro para irrigar as operações diárias do Banespa. Uma das mais novas idéias para isso é um tipo de financiamento do BNDES, banco federal que comanda o processo de privatização. O BNDES compraria os bens entregues ao Banespa ou os receberia em garantia de empréstimo. Com esses bens, o BNDES formaria um fundo de privatização, que emitiria títulos. E o comprador desses títulos os utilizaria na privatização daqueles bens. Em resumo, o BNDES estaria adiantando ao Banespa o dinheiro a ser posteriormente obtido com privatizações e venda de imóveis. Há outras modalidades de engenharia financeira para transformar em dinheiro os imóveis e ações. Uma delas deve ser definida em dias. Assinado o acordo, a intervenção será suspensa. Texto Anterior: Invasores de reflorestamento de SP decidem manter a ocupação Próximo Texto: Debate no Rio acaba em confronto Índice |
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