São Paulo, quarta-feira, 22 de novembro de 1995
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Começa a caminhada de 100 km no Pontal

Ato defende a reforma agrária

DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA, E DA REPORTAGEM LOCAL

O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) iniciou ontem caminhada de 100 km pela reforma agrária no Pontal do Paranapanema, região extremo oeste de São Paulo.
Os sem-terra saíram do acampamento na rodovia que liga Teodoro Sampaio a Sandovalina (640 km a oeste de São Paulo).
Cerca de 1.500 pessoas participam da caminhada, que ontem chegou no final da tarde a Sandovalina. Um ato público ocorreria à noite na cidade.
José Rainha Jr., maior liderança do MST na região do Pontal do Paranapanema, e sua mulher, Diolinda Alves de Souza, lideraram ontem o primeiro dia de caminhada.
O fim da passeata está previsto para as 18h desta sexta-feira, com um ato público no centro de Presidente Prudente.
À noite, Diolinda atacou o governador paulista, Mário Covas (PSDB), durante ato público na Câmara Municipal de São Paulo.
"Ele se diz social-democrata, faz mil e uma promessas e não vai cumprir o acordo que fez no Pontal do Paranapanema", disse.
Em 4 de novembro, o governo do Estado prometeu às lideranças do MST assentar 1.050 famílias em lotes definitivos no Pontal até 31 de dezembro e mais 1.050 até junho de 1996. Na semana passada, o governo mudou o discurso para "lotes provisórios".
Para os sem-terra, Covas está rompendo com o acordo. Eles ameaçam voltar a realizar ocupações na região a partir de janeiro.
O ato na Câmara foi organizado por 20 entidades sindicais e coordenado pelo vereador Sérgio Rosa (PT).

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