São Paulo, quarta-feira, 22 de novembro de 1995
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Agência dos EUA reduz nota do Bamerindus

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Avaliação passa de D+ para E+, segundo a norte-americana Moody's; Schulman diz que critérios são 'subjetivos'
A Moody's Investors Service, entidade norte-americana avaliadora de crédito, baixou ontem a cotação do Bamerindus de D+ para E+.
Segundo a Moody's, a lucratividade e a qualidade dos créditos do banco poderão ser afetadas nos próximos meses se os juros continuarem altos.
As notas para débitos e volumes de depósitos também podem ser rebaixadas. A avaliação final desses itens está na dependência de como funcionarão as medidas do governo para socorrer bancos.
O presidente do Banco Bamerindus, Maurício Schulman, disse que a Moody's é uma das "muitas agências de classificação. Seus critérios são subjetivos, pois eles não são daqui", disse.
Schulman afirmou que "a classificação dada agora para o Bamerindus é a mesma que a do Banco do Brasil", disse.
O maior acionista do Bamerindus, o ministro da Agricultura, José Eduardo de Andrade Vieira, não quis comentar o assunto ontem, segundo a sua assessoria.
Andrade Vieira afirmou ontem, em Curitiba (PR), que tem posição favorável a uma possível compra do Banco Econômico pelo Banco Bamerindus.
"Obviamente sou favorável. Não sou contra", afirmou Andrade Vieira, na abertura do 2º Encontro Nacional dos Secretários Municipais de Agricultura.
Ele disse que não está participando diretamente das negociações entre as duas instituições financeiras, mas que deve ser informado "no momento oportuno".
Segundo Andrade Vieira, o Bamerindus cresceu nos últimos anos comprando outras instituições financeiras. "Foram, ao longo da história do Bamerindus, comprados mais de 80 bancos pelo Brasil afora. De modo que, se isso acontecer, é uma continuidade a essa trajetória do banco na busca do seu crescimento e fortalecimento."
Unibanco
A Moody's também confirmou ontem que as avaliações do Unibanco ficaram inalteradas depois da fusão com o Nacional.
A cotação de força financeira foi mantida em C.

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