São Paulo, quarta-feira, 22 de novembro de 1995
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São Paulo luta contra gramado pesado

RODRIGO BERTOLOTTO
DA REPORTAGEM LOCAL*

O São Paulo enfrenta hoje o Paysandu, às 20h (horário de Brasília), sobre um gramado que o auxiliar técnico Muricy Ramalho chamou de "barro".
O campo pesado do estádio do Mangueirão, em Belém (Pará), é resultado do clima equatorial da região, onde entre os meses de novembro e março acontece a temporada de chuva.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, hoje pode haver pancadas de chuva em Belém.
"Temos que valorizar a posse de bola", disse Muricy, que treinou a equipe, já que o técnico Telê Santana viajou para Belo Horizonte por motivos pessoais.
Mudanças também aconteceram na escalação em relação ao último jogo, contra o Vitória, no sábado.
Aílton, suspenso, dá lugar a Denílson e Sierra, machucado, a Alexandre. Na zaga, Bordon substitui Gilmar e, no meio, volta o volante Alemão, após cumprir suspensão.
"Montei a equipe sem a interferência direta de Telê. Eu sei muito bem como ele pensa", disse o técnico interino. Telê reassume o cargo pouco antes da partida.
Para Muricy, a equipe paraense, última colocada no Grupo A, vai jogar desesperadamente no ataque.
Com 15 pontos na classificação geral, o Paysandu seria rebaixado se o campeonato terminasse agora, junto com o União São João.
Até hoje, enfrentou por seis vezes times paulistas no campeonato: três empates e três derrotas.
No total, o Paysandu não vence há 14 jogos. A última vitória foi por 2 a 0, contra o Flamengo.
Por seu lado, o São Paulo quer a vitória para manter as ambições de chegar às semifinais do Brasileiro.
"Conversei com os jogadores sobre a classificação. Disse que precisamos, para este jogo, interceptar as jogadas aéreas e avançar para o ataque com a bola no chão", disse Muricy.
O São Paulo, que pode somar mais 12 pontos, está em sexto lugar no Grupo B, sete pontos atrás do líder Atlético-MG. Nos próximos jogos, o time pega o Palmeiras, Bragantino e Flamengo.

*Colaborou a Agência Folha

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