São Paulo, quarta-feira, 22 de novembro de 1995
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Luxemburgo faz mistério contra Santos

VALMIR STORTI
DA REPORTAGEM LOCAL

O treinador Wanderley Luxemburgo preferiu fazer mistério para armar a equipe que enfrenta o Santos, hoje, às 20h30, no Pacaembu.
"O time está crescendo e o Santos é uma grande equipe. Assim, não posso adiantar a escalação do time", disse Luxemburgo.
Luxemburgo disse que já sabe quem enfrentará o Santos, mas que iria "amadurecer a idéia até amanhã (hoje)".
O mistério é entre a escalação de Paulo Isidoro ou Flávio Conceição no meio-campo palmeirense.
A diferença, no caso, não é apenas de nível técnico ou condição física de um ou outro atleta.
Com Flávio Conceição, o time do Palmeiras ganharia poder de marcação no meio-campo, já que teria três volantes: o próprio Flávio, Mancuso e Amaral.
No entanto, com essa opção, o meia Rivaldo teria liberdade para atacar, o que também valeria para o lateral-direito Cafu.
Caso Paulo Isidoro começasse jogando, todos os jogadores precisariam marcar, mas, com ele, a equipe teria um homem a mais para criar jogadas para os atacantes.
O Palmeiras é o terceiro colocado do Grupo A, com 16 pontos, e mesmo que vença seus quatro jogos, tem que torcer por fracassos do Botafogo, que tem 20 pontos, para se classificar.
Um assunto que divide os jogadores é se Giovanni merece marcação individual. Artilheiro do Santos com dez gols, é quem mais recebe a bola o time -35,8 vezes por jogo-, segundo o Datafolha.
Para Conceição, todo o ataque santista merece atenção, "embora Giovanni seja perigoso por aliar altura (1,90 m) e velocidade".
Amaral pensa diferente. Acredita que um jogador deveria acompanhar Giovanni sempre.
Para Luxemburgo, Giovanni não é a maior preocupação.
"O que me impressionou é a união deles, a forma como comemoraram o segundo gol contra o Corinthians, com a participação de quase todos os jogadores."
"Vai ser um jogo duro, de muita marcação, de muita força e sem dúvida de muitas faltas", afirmou Flávio Conceição.
Os números do Datafolha dão razão ao volante. Apenas União, Goiás e Corinthians recebem mais faltas que o Santos (28). O Palmeiras, por sua vez, faz 28 faltas -número inferior, apenas, às médias de Juventude e Cruzeiro.

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