São Paulo, quarta-feira, 22 de novembro de 1995
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Governo chinês indicia dissidente; Nazista Priebke pode escrever livro; Murayama quer base dos EUA em Okinawa; Noriega quer ter novo julgamento; Juíza americana veta lei antiimigrantista

Governo chinês indicia dissidente
O governo chinês anunciou ontem o indiciamento formal do dissidente Wei Jingsheng, 46 (foto). Ele é acusado de tentar derrubar o governo. O anúncio é a primeira notícia sobre Wei em 20 meses. Ele foi detido em 20 de abril de 1994, depois de ter se encontrado com um representante de um grupo de defesa dos direitos humanos dos EUA, e está incomunicável desde então.

Nazista Priebke pode escrever livro
O ex-capitão nazista Erich Priebke, 82, acusado pelo massacre de 335 pessoas nas Fossas Ardeatinas (Roma) em 1944, pretende escrever um livro de memórias, disseram ontem agentes da Interpol que o acompanharam no vôo de Bariloche para Roma. Priebke chegou ontem a Roma e foi interrogado por juízes italianos.

Murayama quer base dos EUA em Okinawa
O premiê do Japão, Tomiichi Murayama, disse ontem que vai assinar uma ordem obrigando os moradores de Okinawa a renovar os contratos de arrendamento dos terrenos onde estão as bases militares dos EUA. A maioria dos agricultores se recusa a fazê-lo por causa dos dois soldados norte-americanos que sequestraram e estupraram uma garota japonesa de 12 anos.

Noriega quer ter novo julgamento
Os advogados do ex-presidente do Panamá general Manuel Noriega, que cumpre pena de 40 anos de prisão nos EUA por tráfico de drogas, querem um novo julgamento para o seu cliente, alegando que o depoimento de algumas testemunhas da acusação podem ter sido compradas. O general reiterou ontem sua inocência e disse ter sido vítima de uma conspiração do governo americano e dos narcotraficantes do cartel de Cali.

Juíza americana veta lei antiimigrantista
A Proposição 187, lei aprovada pela maioria dos eleitores da Califórnia que prevê a limitação dos benefícios sociais e educacionais a imigrantes ilegais e a seus fihos, foi declarada ontem inconstitucional pela juíza Mariana Pfaelzer, de Los Angeles. Em seu parecer, ela escreveu que os estados não têm autoridade legislativa sobre o assunto e não podem negar aos imigrantes os serviços sociais e sanitários pagos pelo governo federal.

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