São Paulo, quarta-feira, 22 de novembro de 1995
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Separado há 3 anos, casal estuda divórcio

OTÁVIO DIAS
DE LONDRES

Em 9 de dezembro próximo, o príncipe Charles, herdeiro do trono britânico, e a princesa Diana completam três anos de separação.
Segundo a legislação do Reino Unido, um casal pode se divorciar após dois anos de separação, desde que haja consenso de ambas as partes.
Caso Diana não concorde em concedê-lo, no entanto, o príncipe Charles poderá entrar na Justiça com um pedido de divórcio tendo como base a ocorrência de adultério durante o casamento.
Na entrevista concedida à TV BBC 1 na noite de segunda-feira, Diana confessou ter praticado adultério com o ex-oficial da cavalaria britânica James Hewitt.
O relacionamento extraconjugal com Camilla Parker-Bowles foi admitido por Charles em entrevista à emissora ITV em setembro do ano passado.
O príncipe Charles tem, no entanto, a opção de esperar mais dois anos e obter um divórcio menos litigioso.
Após cinco anos de separação comprovada, uma das partes pode solicitar o divórcio, independente do desejo do parceiro.
Se o casal real se divorciar, Diana perde o direito de se tornar rainha da Inglaterra. Não há nada que impeça, no entanto, a coroação do príncipe Charles, mesmo que ele não se case novamente.
Não é muito claro, entretanto, se Charles poderá se casar com Camilla Parker-Bowles, já divorciada, e fazê-la rainha. Neste assunto, tanto os especialistas quanto a opinião pública se dividem.
Para se divorciar, Charles necessitará da autorização de sua mãe, a rainha Elizabeth 2ª, o que, avaliam os jornais britânicos, não será difícil de conseguir a esta altura dos acontecimentos.
Durante a entrevista à BBC 1, Diana afirmou não querer o divórcio, mas jogou a responsabilidade sobre o príncipe Charles.
"Espero a decisão de meu marido no que diz respeito ao caminho que vamos tomar", disse.
(OD)

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