São Paulo, quarta-feira, 22 de novembro de 1995
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Italiano preso no Rio pode estar ligado à queda do chefe da Otan

DA SUCURSAL DO RIO

O empresário italiano Rafaello Teti, 69, acionista da empresa Agusta, uma fabricante de helicópteros, está preso desde o dia 11 de outubro na carceragem da Polícia Federal do Rio.
Segundo informação passada à PF, Teti, acionista da Agusta, uma empresa fabricante de helicópteros, teria pago comissão a um membro do governo belga pela compra de 46 modelos fabricados pela companhia.
A encomenda foi feita pelo Exército em 1989 e a denúncia acabou por derrubar o secretário-geral da Otan (aliança militar ocidental) Willy Claes.
A PF afirmou que prendeu Teti a mando do Supremo Tribunal Federal, que por sua vez, atendeu a um pdido do governo da Bélgica.
As autoridades belgas solicitaram a extradição de Teti, acusado de corrupção ativa e falsificação de documentos contábeis.
Policiais do Departamento de Polícia Marítima e de Fronteiras o prenderam em seu apartamento na praia de Botafogo (zona sul).
Ele está no Brasil desde o dia 22 de junho de 1989.
Segundo a PF, seus documentos estão em ordem e ele tem visto de residência permanente no Brasil, obtido em Assunção, Paraguai.
Como a situação do empresário no Brasil é regular, a PF não vê motivos para interrogá-lo e aguarda apenas uma decisão do Supremo para saber qual destino dar ao empresário.
Apesar de ser aposentado, de acordo com seus documentos, quando chegou ao Brasil, Teti disse que trabalhava para a usina termoelétrica Jacuí, localizada em Eldorado do Sul (RS).

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