São Paulo, quinta-feira, 23 de novembro de 1995 |
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Sucesso do "hip-hop" português faz shows no Brasil em dezembro
JAIR RATTNER
Os shows no Brasil fazem parte de uma turnê mundial, que incluiu a Europa e os Estados Unidos. Em sua música, Abrunhosa mistura o rap com metais: "Faço 'hip-hop' funky. Tem uma vertente jazzística, mas a seção rítmica é pop. Não é música de dança, mas é dançável, com uma componente física muito grande", define. Mesmo produzindo uma música derivada do rap, Abrunhosa considera que este é um estilo limitado: "A limitação do rap é a ausência de melodia. É difícil ouvir um disco de rap do começo até o fim". Ele acredita que o rap é mais um estilo poético do que musical. "Acho que o rap é o jazz do final do século. São duas músicas urbanas, de rua, negras e improvisadas na sua gênese", afirma. Abrunhosa começou como músico de jazz, tocando contrabaixo. Já tocou com alguns dos principais nomes do jazz contemporâneo, como Bob Moses e os irmãos Ferré. "O contrabaixo é um instrumento que no avião tem que pagar como um passageiro. Muitos músicos norte-americanos, quando vão tocar na Europa, preferem contratar um contrabaixista a trazer o seu próprio", explica. As músicas de Abrunhosa procuram ser simples: "Minhas melodias são extremamente pragmáticas, eficazes e diretas." Em Portugal, Abrunhosa partiu também para a experiência multimídia. Com o sucesso de "Viagens", que vendeu mais de 140 mil exemplares, lançou um mini-CD, um livro, um jogo de computador e um CD interativo. Um de seus sonhos é uma parceria com Caetano Veloso. "Caetano é um dos melhores músicos do mundo". Texto Anterior: Peter Frampton resgata som dos anos 70 Próximo Texto: Bomba! Bomba! Diz que a Lady Deu! Índice |
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