São Paulo, sábado, 25 de novembro de 1995 |
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Quatro das vítimas eram amigos de pescaria
AURELIANO BIANCARELLI
Até o ano passado, as viagens eram feitas de carro, muitas delas demoradas e cansativas. Os colegas de trabalho lembram que o próprio Freitas sugeriu que se fretasse um avião nas viagens mais longas. "Ele queria ficar mais com a família", conta o colega Gilson Antonio de Almeida. Freitas tinha dois filhos: Ricardo, 18, do primeiro casamento, e Ana Cristina, 3. A família aparece numa foto na mesa que Freitas ocupava no 7º andar do prédio do Senac, na rua Dr. Vila Nova. Roberto Ferreira Rocha, 38, outra vítima fatal, era gerente de educação e informática e viajava raramente. Sobre a mesa no 5º andar estão as fotos dos filhos Renato, 18, Rodrigo, 16 e Robson 12. Na sala de Freitas e Rocha, há quadros de peixes decorando as paredes. Adoravam pescar. Dois outros passageiros mortos -o engenheiro Tadao Dayama e o marceneiro Sebastião dos Santos- também gostavam de pescaria. Os quatro eram amigos e pescadores. Em setembro passado, estiveram juntos no Pantanal. Anos atrás, o pai de Rocha morreu num acidente quando viajava para uma pescaria. Dayama e Santos prestavam serviços para o Senac. Dayma tinha três filhas. Santos tinha uma filha, Márcia, 23, e dois filhos, Alexandre, 20 e Rodrigo, 18. Era um marceneiro bastante conhecido na região do Arouche, no centro. O quinto passageiro era Carlos Alberto de Carvalho, de Presidente Venceslau, um amigo de Santos que pegara carona no avião. A direção do Senac encerrou o expediente ontem ao meio dia em sinal de luto. "Nos 49 anos do Senac, nunca tivemos uma tragédia tão grande", diz Maria Pilar Toha Farre, gerente de comunicação da entidade. Texto Anterior: Avião cai sobre carros e mata seis em SP Próximo Texto: Mais de 2.000 protestam contra reforma no ensino Índice |
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