São Paulo, sábado, 25 de novembro de 1995
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Mais de 2.000 protestam contra reforma no ensino

Manifestação aconteceu ontem no centro de São Paulo

FERNANDO ROSSETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

A primeira grande manifestação de professores, pais e alunos contra a reforma no ensino do governo Covas reuniu ontem entre 2.000 e 5.000 pessoas na praça da República (centro de São Paulo).
As estimativas são, respectivamente, da Polícia Militar e da Apeoesp (sindicato de professores). Na capital há cerca de 1,4 milhão de alunos.
"Estamos convencidos de que o grosso da população acha que o ensino precisa dessa mudança", disse o secretário-adjunto da Educação, Hubert Alqueres, 35.
Ontem de manhã, a Apeoesp, a União Brasileira de Estudantes Secundaristas e outras entidades estabeleceram um plano de ação para tentar suspender a reforma -que prevê uma nova divisão das 6.800 escolas da rede, criando algumas que só atendem da 1ª à 4ª série.
"Vamos solicitar uma audiência com o governador para propor a criação de um fórum de discussão", afirmou o presidente da Apeoesp, Roberto Felício, 43.
A principal crítica ao projeto se refere à sua imposição.
A Secretaria Municipal da Educação se reunirá com a Secretaria Estadual na semana que vem para discutir a possibilidade de a rede municipal incorporar alunos da rede estadual em regiões onde a reforma criar falta de vagas.
Segundo o secretário municipal da Educação, Sólon Borges dos Reis, 78, "vamos ajudar, na medida em que isso não afete nosso ensino, mas não estamos necessariamente apoiando a reforma".
Ontem, o prefeito Paulo Maluf assinou decreto que torna obrigatório o hasteamento da bandeira nacional uma vez por semana nas escolas municipais.

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