São Paulo, sábado, 25 de novembro de 1995
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Pais são acusados de vingar morte do filho

DA REPORTAGEM LOCAL

Os pais de um garoto de 14 anos assassinado foram presos, acusados de matar, por vingança, um jovem de 16 anos em São Paulo. Segundo a polícia, eles acreditavam que o jovem teria alguma participação na morte de seu filho. Outras três pessoas foram presas.
O fiscal de obras José Torres Alves, 37, e sua ex-mulher Maria do Rosário Moura Alves, 35, negaram ter participado do crime como os mandantes do sequestro e do assassinato, no último dia 21, de Flávio Adalton Verri.
O crime seria uma vingança pelo assassinato do também estudante Francisco José Moura Alves.
Francisco foi com um grupo de amigos no último dia 5 à boate Enigma Dance Club, na avenida Henrique Schaumann, em Pinheiros (zona oeste de São Paulo).
No salão, ele teria passado a mão nos cabelos de uma menina, que chamou seus amigos. Eles brigaram com o grupo que estava com Francisco. Mais tarde, em um ponto de ônibus da avenida, Francisco se encontrou com os amigos da menina. Um deles sacou um revólver e o matou com um tiro na nuca e dois nas costas.
No último dia 21, Verri estava voltando da escola para casa, quando um carro e uma motocicleta o cercaram. Os homens espancaram-no e obrigaram-no a entrar no carro a fim de que revelasse o nome do assassino de Francisco.
Desde então, Verri estava desaparecido. Ontem, o Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) prendeu três acusados de participar do crime.
Eles levaram a polícia ao local onde Verri teria sido morto, em Taboão da Serra (Grande SP), onde descobriram que o corpo havia sido achado e removido pela PM.
Os três presos teriam confessado o crime ao depor no 51º DP e acusado os pais de Francisco de serem os mandantes. Além do casal, estão presos: Joel dos Santos, Paulo Ferreira e Raimundo de Oliveira. A polícia não confirmou a prisão de um sexto acusado.

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