São Paulo, sábado, 25 de novembro de 1995
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Agressão nunca será apurada

MARCELO GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL

A interrupção dos processos da 1ª Auditoria do TJM já deixou impune pelo menos um caso de agressão: o que envolve os soldados Arlindo Wilceski e José Benedito Trindade.
Em 12 de janeiro de 1986, em Getulina (473 a noroeste de SP), eles teriam prendido ilegalmente e espancado a adolescente L.L.S. e o adolescente A.R. para descobrir traficantes de drogas da cidade.
Os acusados, que teriam usado um carro da Polícia Civil para deter as vítimas, negaram o espancamento dos então adolescentes. Mesmo assim, o promotor Cláudio Leite de Siqueira fez a denúncia criminal em 25 de junho de 1986.
O processo de lesão corporal, que estava parado desde 1988, foi encontrado em 5 de junho passado, conforme certidão do cartório. Constatou-se então que o soldado Trindade já havia morrido, vitimado por um derrame cerebral em 7 de novembro de 1990.
Também percebeu-se que a acusação contra Wilceski estava prescrita -havia acabado o prazo legal que a Justiça tem para punir. Por isso, o juiz Antônio Prazak decidiu declarar extinta a possibilidade de Wilceski ser punido.
O processo aguarda apenas a manifestação do Ministério Público Estadual para ser arquivado, desta vez, legalmente.
(MG)

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