São Paulo, sábado, 25 de novembro de 1995
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Prever pode ter sócio estrangeiro

MILTON GAMEZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Erramos: 25/01/96
Nem Unibanco, nem Bamerindus. A participação do ex-Banco Nacional na Prever Seguros e Previdência poderá parar nas mãos de um sócio estrangeiro.
O Citibank e a New York Life, 4ª maior seguradora de vida dos Estados Unidos, fizeram proposta de associação à Prever, empresa de previdência complementar dos bancos Bamerindus, Unibanco e Nacional (comprado pelo Unibanco), disse à Folha José Luis Osti Muggiatti, presidente do conselho de administração da Prever.
Se o negócio vingar, o eventual sócio estrangeiro deverá desembolsar cerca de R$ 23 milhões pela participação do ex-Nacional. O banco carioca tinha um terço das ações da Prever e, com sua incorporação parcial pelo Unibanco, este aumentou sua fatia de um terço para dois terços da empresa.
Mas o acordo entre os acionistas dá ao Bamerindus o direito de comprar 50% da participação do ex-Nacional e manter o equilíbrio societário. O banco paranaense vai exercer esse direito e possivelmente irá repassá-lo ao novo sócio estrangeiro, afirmou Muggiatti. Nesse caso, o Unibanco venderia metade das ações do ex-Nacional.
"Estamos estudando as propostas de associação do Citibank e da New York Life. Outra saída seria mantermos participação de 50% e capitalizarmos a empresa."
Para o Bamerindus, que colocou à venda suas ações de empresas de outros setores, como a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), a entrada de um novo acionista na Prever seria lucrativa.
É que o acordo de acionistas permite ao sócio que fica comprar as ações do sócio que sai (no caso, o ex-Nacional) pelo valor patrimonial. Pelo critério contábil, a empresa vale apenas R$ 19 milhões (patrimônio líquido). No mercado, a cifra pula para R$ 70 milhões, observou Muggiatti.
Assim, o Bamerindus compraria por R$ 3,17 milhões metade das ações do ex-Nacional, vendendo-as por R$ 11,7 milhões para o Citibank ou para a New York Life.
A Prever administra reservas da ordem de R$ 240 milhões. Seus planos de aposentadoria têm cerca de 150 mil clientes individuais e 10 mil ligados a empresas.
Este ano, o faturamento da companhia deverá atingir R$ 200 milhões. A New York Life administra ativos da ordem de US$ 71 bilhões nos EUA.

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sobre bancos nas páginas 3 e 7

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