São Paulo, sábado, 25 de novembro de 1995
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Conselho tentou evitar saída

DA REPORTAGEM LOCAL

O Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Arqueológico do Estado de São Paulo (Condephaat) bem que tentou, mas não conseguiu manter o quadro "Abaporu" no Brasil.
Em outubro passado, o órgão abriu um estudo para o tombamento da obra de Tarsila do Amaral, mas não conseguiu efetivá-lo.
Com uma liminar da Justiça do Rio, permitindo que a tela saísse do país, o proprietário Raul Forbes levou-a ao leilão da Christie's e realizou a maior venda da história da arte brasileira.
O presidente do Condephaat, José Carlos Ribeiro de Almeida, lamenta o fato de que o quadro de Tarsila tenha saído do país -e mais precisamente do Estado de São Paulo.
Ele acha que a legislação deveria ter regras mais claras que impedissem a venda de obras culturais para o mercado externo.
"Toda manifestação cultural ou artística brasileira relevante deveria ser impedida definitivamente de sair do país", afirma ele.
A marchand Regina Boni classifica de "caipira" a decisão do Condephaat em querer manter a obra em São Paulo.
"Por acaso não podemos ter no Brasil um Degas, por exemplo?", diz ela. "A arte é universal e este tipo de protecionismo é datado."

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