São Paulo, sábado, 25 de novembro de 1995 |
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Atrizes estão de luto Atrizes estão de luto VINICIUS TORRES FREIRE
Em uma nota distribuída por sua assessoria, Chirac disse que o diretor "soube dar às mulheres papéis inesquecíveis. De Jeanne Moreau a Juliette Binoche, ele soube ser um diretor da paixão". O presidente francês observou ainda que Malle "foi também um cineasta da infância -da sorridente, da violenta, da infância sob a ocupação nazista". O delegado-geral do Festival de Cannes, Jules Jacob, disse que a "França perdeu um dos filhos mais brilhantes de seu cinema". O ex-ministro da Cultura, Jack Lang, disse à Folha que "a obra de Malle transcende a mera sucessão de filmes, pois eles tinham uma unidade, um caráter total, através da qual se podemos perceber uma visão da realidade que era provocante, insolente e rebelde". O ator Richard Boranger disse a rádios francesas que "Malle foi um dos raros diretores a levar o cinema francês ao resto do mundo com sucesso, mas também com insolência e rebeldia". Segundo informe divulgado por sua assessoria, para o ministro da Cultura francês, Philippe Douste-Blazy, "Malle tinha um grande talento de pintor de almas e um também enorme sentido da provocação. Além de tudo, ele sempre colocou em seus filmes a questão do bem e do mal, da inocência e da responsabilidade". O secretário-geral do Partido Comunista Francês, Robert Hue, disse que "as mais fortes imagens da minha memória estão ligadas às imagens dos filmes de Malle". O primeiro-ministro Alain Juppé, que enfrentou hoje um dia de protestos e greves contra seu governo, foi o mais lacônico e convencional. "Manifesto minha profunda tristeza por esta perda para a França e para o cinema mundial". Texto Anterior: Diana é xingada na Argentina Próximo Texto: Karadzic apóia acordo de paz Índice |
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