São Paulo, domingo, 26 de novembro de 1995 |
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Família cultiva pitangueira em cobertura
KENNEDY ALENCAR
Márcia considera excelente a rede de serviços do distrito. "Tudo o que preciso encontro aqui mesmo. É muito fácil ir ao supermercado, à farmácia ou ao banco", afirma. Simão frequenta o Esporte Clube Sírio duas vezes por semana para jogar tênis, o seu esporte predileto. Católico praticante, vai à missa todos os domingos na Igreja Nossa Senhora de Aparecida. Os filhos (Vera, 29, Ieda, 27 e Sérgio, 26) costumam passear no parque Ibirapuera. A família trocou uma casa de três quartos no Itaim Bibi para morar em um apartamento de 376 m2, com quatro suítes, avaliado em, pelo menos, R$ 500 mil. No terraço, onde há uma piscina, eles cultivam pitangas. "Quem cuida mais da pitangueira sou eu, o Simão só chega na hora de apanhar frutas maduras", diz Márcia. A professora conta que gostava do Itaim e sente saudade do jardim que tinha na casa: "A pitangueira é uma forma de manter contato com a terra." Segundo Márcia, eles mudaram porque sua mãe, que já morreu, veio morar com a família. "A casa ficou pequena. Então comprei este apartamento", afirma Simão. Márcia diz que ela e o marido têm temperamentos diferentes. O engenheiro dorme e acorda cedo. "Durante a manhã me sinto mais disposto", diz Simão. Segundo a professora, ela é uma "criatura absolutamente noturna". "Levanto tarde e só funciono mesmo depois do meio-dia." Assistência social Professora do Colégio Santa Cruz, ela coordena um trabalho de assistência social dos alunos da 6ª à 8ª série do 1º grau. Os estudantes visitam a Favela do Jaguaré, na zona oeste, onde distribuem alimentos e orientam crianças e mães sobre hábitos de higiene e saúde. "São os incluídos trabalhando junto aos excluídos", diz Márcia. (KA) Texto Anterior: Shopping atrai moradores de rua Próximo Texto: Posse de imóvel não significa conforto Índice |
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