São Paulo, domingo, 26 de novembro de 1995
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Lavradora é jurada de morte por irmãos

Mulher só anda armada com foice

SERGIO TORRES
DO ENVIADO ESPECIAL

Amedrontada, a lavradora Maria Sônia 32, não se separa de uma foice, mesmo quando não está trabalhando a terra. Ela diz estar "jurada" pelos irmãos Oliveira. Por duas vezes ela escapou dos supostos necrófilos.
Desde que foi atacada, ela carrega a foice, sua arma de defesa.
Sônia mora em Janela das Andorinhas, na área rural de Nova Friburgo. Os moradores da região dão atenção especial a ela, pois afirmam que os irmãos prometeram pegá-la.
O primeiro ataque contra Sônia ocorreu ao anoitecer do dia 5 de março deste ano. Ela estava com o filho Alessandro, 15. "Ibrahin passou pisando duro. Parou na frente e veio para cima, tirando um canivete de dentro da calça", disse a lavradora. Alessandro e Sônia correram até a casa de um homem que conhecem por "seu" Humberto que, armado com uma espingarda, afugentou os irmãos.
O segundo ataque foi em 17 de maio. Sônia estava em lavoura de Riograndina (Nova Friburgo) com a amiga Odete de Carvalho Silva, 56, quando os irmãos apareceram com pedaços de paus.
Sônia disse que correu. O corpo esfaqueado e espancado de Odete foi encontrado no dia seguinte por moradores da região.

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