São Paulo, quarta-feira, 29 de novembro de 1995 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
NAS RUAS NAS RUAS O arquiteto Oscar Niemeyer (foto) fez questão de abrir a camisa para mostrar o slogan de sua camiseta. Entre as várias obras de Niemeyer está o Sambódromo, que já se transformou num símbolo do Rio. A editora Record aproveitou o ato para fazer propaganda do novo livro de Sidney Sheldon: uma reprodução da capa do livro com quase 2 m de altura foi levada até a concentração da caminhada por funcionários da editora. Às 16h06, durante os preparativos da caminhada, o caminhão de som do Sindicato da Construção Civil do Rio anunciou que uma mulher havia sido assaltada na concentração do ato. O governador do Rio, Marcello Alencar (PSDB), passou o dia no sul do Estado, em Angra dos Reis e Paraty. Em nota do palácio Guanabara, enviou a mensagem: "Tenho certeza que depois dessa passeata teremos mais um motivo para acreditar que o povo conscientizado nos ajudará a resolver o problema". O prefeito do Rio, César Maia (PFL), que também não foi à passeata, despachou normalmente no Palácio da Cidade. O sino que anunciou o minuto de silêncio no fim da manifestação foi tocado pelo sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, e por três crianças. Wardeldal da Silva, 12, Cláudio Pereira dos Santos, 12, e André Fernandes da Silva, 9, foram à Cinelândia na esperança de conseguir autógrafos. Os três acabaram surpreendidos por Betinho. "Ele chamou a gente para subir no palanque", contou Cláudio. A cantora Daniela Mercury se emocionou com o resultado da caminhada. "A Bahia deveria fazer o mesmo", disse. Daniela acredita que a manifestação tenha cumprido seu objetivo. "Só a classe média não ia conseguir lotar isso tudo aqui. Está claro que todos vieram. Todo mundo quer a paz". A dupla de funkeiros Willie e Duda lançou na passeata Reage Rio o "Rap da Paz", pedindo ajuda para meninos de rua e cobrando providências dos políticos para o problema. Muitos manifestantes do Reage Rio criaram caracterizações especiais para a passeata. O mímico Uimar Júnior pintou o corpo de verde e dourado e fez performances como estátua viva. O publicitário Paulo Rodrigues vestiu-se de Gandhi, líder pacifista indiano. Texto Anterior: Tornado destrói telhado de ginásio da Unicamp Próximo Texto: Governo vai ter que abrir os braços, diz Betinho Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |