São Paulo, quinta-feira, 30 de novembro de 1995 |
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Empresários investirão US$ 6 bi no México
FLAVIO CASTELLOTTI
"O México tem hoje um rumo econômico claro", disse Claudio González, presidente do conselho. Segundo ele, essa é a principal razão para o aumento de 40% no nível de investimento privado, apesar da crise. "Não é a crise o fator determinante, mas sim a certeza de que o governo está disposto a manter uma política econômica clara e definida", disse. Os empresários se comprometeram também a aumentar em 20% o valor das exportações. Neste ano, as 38 empresas que compõem o conselho devem exportar cerca de US$ 7,1 bilhões. Em 1996, esse valor deve subir para US$ 8,5 bilhões. Para o economista Andrés Flores, os empresários terão que rever esses números, pois, provavelmente, estão se baseando na estimativa oficial de crescimento de 3% do PIB (Produto Interno Bruto) e inflação de 20% para 96, o que dificilmente se cumprirá. O presidente Ernesto Zedillo, que presenciou o anúncio dos empresários, agradeceu-lhes por estarem cumprindo com a sua parte na recuperação econômica. "O governo também cumprirá com a sua", disse o presidente, referindo-se ao aumento do investimento público e às reformas fiscal e administrativa que devem ser levadas a cabo no próximo ano. Quanto à reforma administrativa, Zedillo enviou ontem ao Congresso um projeto para a criação de um órgão fiscalizador das finanças públicas, independente do Executivo. O objetivo é combater a corrupção no funcionalismo. O ministro da Fazenda, Guillermo Ortiz, informou ontem sobre uma nova captação de recursos por parte do governo federal. Trata-se de uma emissão de títulos em dólares, no valor de US$ 1,5 bilhão. Os papéis têm prazo de um ano e juros iguais à libor (taxa líder dos mercados internacionais). Texto Anterior: Álcool, Petrobrás e política econômica Próximo Texto: Cavallo tem apoio para reforma Índice |
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