São Paulo, sexta-feira, 1 de dezembro de 1995 |
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Presidente quer apoio do conselho para contrato
MARTA SALOMON
Entre os representantes da reunião, é unânime a defesa do projeto comandado pelo Ministério da Aeronáutica e pela SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos). Não é unânime, porém, a defesa do atual contrato com a Raytheon. A Folha apurou que pelo menos dois ministros com assento no conselho defendem nova escolha. Eles argumentam que manter o atual contrato expõe o governo a um desgaste político crescente. Como se trata de um assunto polêmico, nenhum dos integrantes do conselho antecipa publicamente que posição levará à reunião. A reunião do Conselho de Defesa -a segunda nos 11 meses de mandato de FHC- ainda não foi marcada, mas deverá ocorrer na próxima semana. A decisão de convocá-la foi uma resposta de FHC à proposta do PMDB (o maior partido do Congresso) de cancelar o contrato. Ao anunciar a decisão de convocar o conselho, FHC adiantou ao líder do PMDB, deputado Michel Temer (SP), que o cancelamento do contrato com a Raytheon é "extremamente complicado" e lembrou que há compromissos internacionais envolvidos. Dois integrantes do conselho poderão faltar à reunião. O ministro das Relações Exteriores, Felipe Lampreia, tem compromissos já agendados no exterior e o ministro da Marinha, Mauro César Rodrigues Pereira, está com hepatite. Também fazem parte do órgão de consulta da Presidência o vice-presidente, Marco Maciel, os presidentes da Câmara e do Senado, os outros ministros militares, e os da Justiça e do Planejamento. Texto Anterior: Não fosse pressão, FHC cancelaria contrato Próximo Texto: Piora estado de saúde de Figueiredo Índice |
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