São Paulo, sexta-feira, 1 de dezembro de 1995 |
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Piora estado de saúde de Figueiredo
FERNANDO MOLICA
Figueiredo foi operado na última terça-feira para que fosse eliminado um aneurisma (dilatação) da artéria aorta localizado no abdômen. Os problemas renais impediram que, ao contrário do que havia sido previsto, Figueiredo pudesse deixar ontem o CTI. O boletim médico divulgado às 16h30 de ontem pelo cirurgião Heleno Coutinho fala em "disfunção renal". A Folha apurou que houve paralisação dos rins e que, ainda na tarde de ontem, Figueiredo foi submetido a uma diálise -tratamento que substitui as funções renais. A equipe médica que cuida do ex-presidente classifica seu estado de "difícil, mas não desesperador". Durante a cirurgia, os médicos constataram uma necrose de artérias renais -necrose é uma morte de tecidos ou órgãos. Ao falar com a Folha, Heleno Coutinho evitou dar maiores detalhes sobre Figueiredo. Disse que seu estado de saúde estava melhorando e "evoluindo progressivamente". Sem entrar em detalhes, Coutinho afirmou que o ex-presidente precisou ficar mais tempo no CTI e que ele havia sido submetido a uma "operação grande". A cirurgia durou quatro horas e dez minutos. Um dos irmãos de Figueiredo, o dentista Luiz Felipe, morreu há cerca de cinco anos vítima de rompimento de um aneurisma abdominal. Outro dos irmãos do ex-presidente, o general Euclides, foi operado há três anos, vítima também de um anuerisma no abdômen. Último presidente do ciclo militar iniciado em 1964, o general Figueiredo governou o país entre 1979 e 1985. Outro ex-presidente (1975-1979), o general Ernesto Geisel, 87, também está internado na São Vicente, recuperando-se de uma infecção pulmonar. De acordo com a clínica, ele deverá ter alta até o início da próxima semana. Texto Anterior: Presidente quer apoio do conselho para contrato Próximo Texto: Júlio César diz que tentou marcar audiência Índice |
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