São Paulo, sexta-feira, 1 de dezembro de 1995
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Preso um dos 6 ladrões mais procurados de SP

DA REPORTAGEM LOCAL

Edmílson Alves dos Reis, 30, o "Piolho", acusado de ser um dos maiores ladrões de banco e de carro-forte do país, e seu irmão Edgar Alves dos Reis, 31, foram presos anteontem em Vitória (ES).
Edgar é acusado de fazer parte da quadrilha que seria liderada por Edmílson. "Não mereço toda essa fama. Sou ladrão, mas nunca matei ninguém", afirmou Edmílson.
Reis está no cartaz dos seis ladrões mais procurados de São Paulo. Ele é suspeito de matar um tenente da PM em Jundiaí (SP) em 93 e, um ano depois, dois PMs em Cotia (Grande São Paulo).
Seu irmão é acusado de ter assassinado com uma rajada de metralhadora o investigador Duílio Leme Rodrigues em Itanhaém (litoral de SP). O crime aconteceu em 29 de agosto de 1994.
Edmílson e o irmão estavam em um hotel de Vitória. Com eles, foram achados R$ 11 mil, telefones celulares e dois carros. Nenhum dos acusados estava armado.
Segundo o delegado Francisco Basile, diretor da Divisão de Crimes Contra o Patrimônio, Edgar articulou a libertação do irmão em 4 de janeiro de 1995.
Nesse dia, um grupo de cerca de dez homens rendeu a escolta de três PMs que levava Edmílson da Casa de Detenção de São Paulo, onde ele estava preso, para um hospital da zona norte da cidade.
O grupo disparou uma rajada de metralhadora no hospital e fugiu libertando Edmílson. "Não ferimos ninguém. É assim que fazemos as coisas", disse Edgar.
Os policiais da 4ª Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio trouxeram os irmãos de Vitória. Cerca de 20 policiais participaram do esquema de segurança no desembarque anteontem à noite no aeroporto de Congonhas (zona sul de SP).
Roubo
Cerca de seis homens armados roubaram dois malotes com R$ 27,5 mil de um carro-forte da Transbank ontem de manhã na Vila Leopoldina (zona oeste de SP).
O roubo aconteceu em uma empresa química. Houve tiroteio e o ajudante-geral José de Oliveira Irmãos, 28, levou um tiro no abdômen, que perfurou seu baço.
Um assaltante também teria ficado ferido, mas ninguém foi preso. O carro-forte ia deixar o dinheiro em um posto bancário da empresa. Os vigias foram rendidos e, com a fuga dos ladrões, tentaram segui-los. Foi quando houve o tiroteio, que terminou após o carro-forte bater em um poste.

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