São Paulo, sexta-feira, 1 de dezembro de 1995 |
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Prefeitura e novo shopping discutem preço
PATRICIA DECIA
A decisão sobre quanto a prefeitura vai ganhar com a obra -a chamada contrapartida- foi adiada para a próxima reunião da comissão, que deve acontecer na semana que vem. O shopping, com cinco subsolos, seis pavimentos de lojas e duas torres de 14 andares, será construído no terreno ao redor da Casa Bandeirista, que data do século 18 e é tombada pelo Condephaat (órgão estadual que cuida do patrimônio histórico). É a primeira grande obra sob influência direta da Operação Urbana Faria Lima, que permite a construção além do estabelecido pela Lei de Zoneamento pela compra de Cepacs (Certificado de Potencial Adicional de Construção). Há três possibilidades para a definição do valor da contrapartida. A Sociedade Vendome e Participações, que é dona do terreno, propõe pagar cerca de R$ 11 milhões. Um parecer da Emurb (Empresa Municipal de Urbanização) estima que o valor ultrapassa os R$ 20 milhões. Já a comissão da Secretaria do Planejamento chegou a um número intermediário, de R$ 14 milhões, considerado "adequado" pelo secretário Municipal do Planejamento, Roberto Paulo Richter, presidente da CNLU. As diferenças ocorrem porque há várias interpretações sobre o zoneamento do terreno, que rodeia uma área tombada. Se os R$ 14 milhões forem aceitos pela comissão, vão representar cerca de 50% do que a prefeitura já arrecadou com as operações na Faria Lima. O dinheiro serve para pagar os custos do prolongamento da avenida (80%) e financiar habitações populares (20%). A prefeitura diz ter gasto cerca de R$ 110 milhões na realização da obra. Texto Anterior: Lojas já podem abrir até meia-noite Próximo Texto: Campanha tenta reabrir Museu da Aeronáutica Índice |
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