São Paulo, sexta-feira, 1 de dezembro de 1995
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Empresas de consórcios contratarão 16 mil

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

As empresas de consórcios de eletroeletrônicos vão contratar entre 15 mil e 16 mil pessoas em um mês para retomar suas atividades.
Assim que o governo permitiu a formação de novos grupos de consórcios para compra de eletroeletrônicos -medida incluída no pacote para afrouxar as restrições ao crédito, anunciado na quarta-feira-, as 220 empresas do setor saíram à caça de empregados.
É que desde outubro de 1994 elas estavam impedidas de formar novos grupos e, por essa razão, demitiram cerca de 32 mil pessoas. Ficaram com poucos empregados só para administrar os grupos em andamento.
Com a contratação-relâmpago das empresas de consórcios de eletroeletrônicos, 50 mil consorciados aparecerão em um mês. Isso representa cerca de 1.041 novos grupos (de 24 meses) e a entrega de 2.082 produtos por mês.
Vitor César Bonvino, presidente da Abac (Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios), diz que esses números são de uma pesquisa feita rapidamente ontem com as empresas do setor.
"Estamos bem contentes com a decisão do governo de permitir a volta do consórcio para eletroeletrônicos", afirma.
Segundo ele, as empresas desse setor estavam prestes a acabar. Em outubro do ano passado, lembra, elas tinham 60.029 grupos em andamento. Em setembro deste ano, estavam com 34.427.
"A previsão era a de que em março e abril do ano que vem todos os grupos estariam encerrados. Agora, animadas, as empresas voltam a operar."
Para Bonvino, o governo não precisa se preocupar com explosão de consumo por causa da volta do consórcio de eletroeletrônicos.
Ele diz que a compra mensal desses produtos por consórcios não chega a representar 0,1% da produção mensal da indústria.
Hoje, além das 220 empresas de consórcios de eletroeletrônicos, existem outras 244 que operam com consórcios de carros, pneus, imóveis, passagens aéreas, tratores, aeronaves, motocicletas etc. Estas empregam cerca de 28 mil pessoas.

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