São Paulo, sexta-feira, 1 de dezembro de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Juro de crediário continua alto
GABRIEL J. DE CARVALHO
O aumento do prazo máximo do crediário de três para seis meses reduz o valor da prestação, mas não os juros. Lojas que financiam a compra de bens duráveis com recursos próprios -fora, portanto, das restrições ao crédito bancário- já vinham oferecendo planos de até 10 meses e os juros, nesses casos, estão em torno de 9% ao mês ou 181,27% ao ano. O compulsório de 5% sobre empréstimos bancários só será "zerado" em janeiro de 96. Aí é que poderá haver novo alívio no custo dos financiamentos, mas relativamente pequeno. Manoel de Oliveira Franco, presidente da Acrefi (Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento), estima em 0,2% a 0,3% ao mês o impacto do compulsório de 5% no custo final dos empréstimos. O presidente da Acrefi lembra que o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre crédito para pessoas físicas foi mantido em 15% ao ano. Ele atribui essa redução ao desmonte gradual das restrições ao crédito, embora tenha havido, também, influência da queda do juro primário. O CDI (interbancário) baixou de 3,81% para 2,84% ao mês desde agosto e o mercado futuro projeta 2,69% para dezembro. Segundo Franco, a fase mais crítica da inadimplência já passou. Condições especiais para refinanciamento de dívidas já haviam sido autorizadas pelo Banco Central. E desde agosto, diz ele, os créditos ganharam melhor qualidade. Texto Anterior: Cartões só vão parcelar depois do Natal Próximo Texto: Empresas de consórcios contratarão 16 mil Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |