São Paulo, sexta-feira, 1 de dezembro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Grupo vai gravar clipe na viagem ao Brasil

MAURICIO STYCER
DO ENVIADO ESPECIAL A LONDRES

O Cure pretende aproveitar os quatro dias livres entre os shows que fará no Rio e em São Paulo para gravar um clipe no Brasil.
Robert Smith ainda não sabe qual música do novo disco será filmada, mas já escalou o diretor Tim Pope, o mesmo que dirigiu o vídeo "In Orange", para acompanhar a turnê brasileira do Cure.
"Não sei o que Tim vai filmar, mas tenho o 'feeling' que vai ser uma semana muito estranha essa que vamos passar no Brasil. Alguma coisa vai acontecer e quero ter alguém que filme por perto", disse Smith à Folha.
O novo disco do Cure será lançado no início de maio. Um mês antes, chega às lojas o "single" com a música que será tocada até cansar nas rádios e na TV.
O baixista Simon Gallup conta que o grupo gravou 24 músicas desde outubro de 94 e ainda não escolheu as 12 que farão parte do novo álbum. Três dessas novas músicas devem ser tocadas no Brasil. Os títulos provisórios dessas canções são "Want", "Jupiter" e "Mint Car".
"O show de 96 vai ser muito melhor do que o de 87. Aprendemos a tocar", diz Gallup, que ficou muito impressionado com sua primeira visita ao país. "Me lembro que foi um caos. Os brasileiros foram muito simpáticos, mas tudo foi muito grande, um exagero".
Desde 1992, quando lançou "Wish", o Cure não entrava em estúdio para gravar. Em 93, o grupo lançou dois discos gravados durante shows, "Paris" e "Show".
O Cure quase acabou em 1989, após lançar o álbum "Disintegration". O disco marcou a saída de Laurence Tolhurst da banda.
Fundador do Cure, ao lado de Smith, Tolhurst entrou na Justiça contra os seus ex-companheiros, reivindicando direitos sobre o nome do grupo, mas perdeu a ação.
O Cure estreou em 1979, com o álbum "Three Imaginary Boys". Até 85, o grupo se consolidou com discos deprês, que falavam de amores mórbidos, climas estranhos e drogas proibidas.
Com "The Head on the Door" (85) e "Standing on the Beach" (86), o Cure ficou mais pop.
(MSy)

O jornalista MAURICIO STYCER viajou a Londres a convite da produção do Hollywood Rock

Texto Anterior: 'No início, tinha muita raiva dentro de mim'
Próximo Texto: Edu Lobo dá aula de elegância musical
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.