São Paulo, segunda-feira, 4 de dezembro de 1995
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Escolas simulam exame 'pós-faculdade'

LARISSA PURVINNI
DA REPORTAGEM LOCAL

Algumas escolas resolveram se antecipar ao MEC (Ministério da Educação e do Desporto) e fazer simulados do exame de conclusão de curso.
O exame para valer só acontece no ano que vem, para formandos de três cursos ainda não definidos (leia texto abaixo).
O simulado foi organizado pela ABM (Associação Brasileira das Mantenedoras de Ensino Superior), que congrega 230 escolas em todo o país (veja, ao lado, quais escolas participaram).
Passaram pelo exame alunos do último ano de direito, no dia 31 de outubro, e engenharia elétrica, na última quinta-feira.
Os cursos foram escolhidos pelas escolas. Cada instituição enviou uma prova para a ABM. As questões foram sorteadas.
Para a professora Regina Toledo Damião, da Faculdade de Direito do Mackenzie, o simulado desmistifica a ameaça do exame.
As instituições não revelam o desempenho, mas, segundo Regina, nenhum aluno do Mackenzie acertou menos de 50%.
Os alunos de engenharia elétrica da escola acharam a prova difícil. "O nível foi médio, tendendo para difícil", diz André Luís Massular, 25.
Ele diz que havia questões sobre assuntos das séries iniciais dos quais já não se lembrava.
Massular é favor do exame, desde que a nota não apareça em documentos do aluno.
"Participamos para sentir como vai funcionar e poder fazer sugestões ao ministro", diz Gilberto Souza Filho, diretor da Faculdade de Direito da Unifenas (Universidade de Alfenas).
Segundo ele, a melhor forma de avaliação para direito é a prova com consulta. "O simulado teve questões objetivas. Nossos alunos não estão acostumados."
Souza Filho afirma que houve alunos com nota acima de 60% e alguns abaixo de 30%. "A maioria acertou entre 40% e 60%."

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