São Paulo, segunda-feira, 4 de dezembro de 1995
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'Não é um vestibular de saída'

LARISSA PURVINNI
DA REPORTAGEM LOCAL

A MP (Medida Provisória) que institui o exame de conclusão de curso a partir do próximo ano foi aprovada pelo Congresso Nacional no último dia 23.
Segundo o ministro da Educação, Paulo Renato Souza, ainda não estão definidos quais cursos passarão pelo primeiro exame de conclusão.
Serão escolhidos três cursos em um universo de seis -medicina, odontologia, veterinária, direito, engenharia civil e administração de empresas.
Paulo Renato afirmou que vai se reunir, ainda neste mês, com uma comissão de especialistas da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e dos conselhos federais de cada área.
"Vamos definir, dentre esses cursos, com quais seria mais viável fazer o exame já no meio do ano que vem", diz.
Segundo ele, ainda não foi definido o formato da prova. "Provavelmente, cada área terá uma prova diferente."
O ministro aprova a iniciativa do simulado da ABM. "São escolas realmente interessadas em se diferenciar das outras. As instituições privadas ficaram muito estigmatizadas."
"O exame vem sendo considerado um vestibular de saída, mas não é isso. O vestibular tem consequências individuais, a prova vai ter consequências apenas para a escola."
As notas médias de cada instituição servirão de critério para renovação -ou não- do cadastro da escola junto ao MEC.
Ele acredita que, mesmo que um empregador tenha conhecimento de um mau desempenho de um aluno na avaliação, o estudante não será prejudicado.
"Qualquer um sabe que um exame não avalia uma pessoa. O alunos com boa nota, mas que se formaram em uma instituição em que a maioria foi mal, vão ficar muito mais estigmatizados."
Com os resultados do exame, o MEC vai divulgar anualmente um ranking das universidades.
(LP)

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