São Paulo, segunda-feira, 4 de dezembro de 1995
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Preso ex-presidente da Coréia do Sul

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O ex-presidente da Coréia do Sul, Chun Doo-hwan, 64, foi preso ontem sob a acusação de ter encabeçado golpe militar em 1979.
Chun foi detido em sua casa em Hapchon (300 km ao sul de Seul) e levado para a prisão de Anyang, em Seul. Lá foi interrogado por autoridades judiciais sobre o golpe de Estado de 79 e a execução de oficiais leais ao governo.
Ele estava entrincheirado em sua casa desde sábado e se recusava a atender intimação da Justiça para depor sobre a repressão sangrenta aos distúrbios que aconteceram em Kwangju em 80, raiz da implantação da lei marcial no país.
Por ordem da junta militar, encabeçada pelo general Chun, esses distúrbios foram severamente reprimidos pelo exército, causando pelo menos 200 mortes e deixando mais de mil feridos.
No sábado, Chun acusou o atual chefe de Estado, Kim Young-sam, de não ter respeitado sua palavra de honra quando prometeu colocar um ponto final nessa matança, tentando agora revivê-la com o objetivo de tirar proveito político.
O governo e a oposição se congratularam pela prisão de Chun. No entanto, o líder da oposição, Kim Dae-jung, possível vencedor das eleições presidenciais de 1997, pediu ao presidente que não utilize o caso politicamente.
Chun, presidente da Coréia do Sul de 1980 a 1988, é o segundo ex-chefe de Estado coreano detido nas últimas três semanas. Antes foi preso Roh Tae-woo, seu sucessor, acusado de corrupção.
Muitos sul-coreanos aplaudiram a prisão de Chun, julgando que se trata de um acontecimento que ajudará o país a superar uma época sombria de sua história.
Outros, furiosos, seguiram Chun até a prisão, jogando pedras nele e pedindo "a execução do assassino".

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