São Paulo, quinta-feira, 7 de dezembro de 1995 |
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Sindicalista pega seis anos de prisão no ABC
MARCELO MOREIRA
O julgamento durou 40 horas. Pela sentença do juiz Luiz Fernando Vidal, Zezé foi condenado por homicídio doloso simples (quando há intenção de matar), em regime semi-aberto. Como Zezé está preso há um ano e dez meses, tendo cumprido já um sexto da pena determinada, ele tem direito a requerer a prisão em regime aberto, apenas dormindo na cadeia. Segundo um de seus advogados, Celso Petroni, daqui a dois meses Zezé poderá conseguir a liberdade condicional. O sindicalista não quis falar com a imprensa. O promotor, Reinaldo Mapelli Júnior, disse que vai analisar o processo ainda neste mês e que provavelmente vai recorrer da decisão. "Estou decepcionado. Zezé executou meu irmão e vai sair da cadeia em dois meses. Tinha fé na Justiça e agora não sei o que pensar." Zezé confirmou que assassinou Cruz com quatro tiros na sala da presidência da sede do sindicato. O motivo, segundo Zezé, foi o corte de ajuda de custo aos diretores da entidade, determinada por Cruz. O promotor pediu a condenação de Zezé por homicídio doloso duplamente qualificado. Zezé foi encaminhado ontem para o 81º DP, em Belenzinho (zona leste de São Paulo). A morte de Oswaldo Cruz Júnior, em janeiro de 94, foi o clímax de um processo de divergências políticas dentro do sindicato. Cruz fora eleito pela CUT (Central Única dos Trabalhadores). A direção da Força Sindical chegou a vincular o assassinato a denúncias de Cruz sobre a utilização de recursos do sindicato em campanhas eleitorais do PT. Texto Anterior: Júri condena 1º acusado do "caso Magave" Próximo Texto: Gestão FHC mantém violação a direitos Índice |
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